Eu fui "Mocho Real" (o chefe da Comissão de Praxe da Esc. Sup. de Educação de Coimbra, onde me formei).
No meu mandato - se assim se pode chamar - a primeira coisa que fiz foi publicar (em livro, que qualquer um podia adquirir - o preço era simbólico) o Código da Praxe da escola (baseado no Código da Praxe da Un. de Coimbra mas devidamente adaptado à realidade da ESEC) para que NINGUÉM fosse ao engano. Participava quem queria. Quem não queria teria - e bem - a sua integração ao seu encargo. Nós promovíamos brincadeiras praxística (umas melhores, outras não tão felizes assim - como em tudo na vida) durante uma semana devidamente planeada, para que os caloiros conhecessem a escola, os alunos mais velhos dos seus cursos e dos outros, os outro caloiros, etc.
Quem exercesse actos de praxe fora dessas actividades programadas estava em violação das regras. E em casos desses aconteceram acidentes, cujas responsabilidades foram imputadas à Comissão de Praxe, mesmo não tendo esta qualquer responsabilidade em coisas que aconteciam fora das actividades programadas e até - imagine-se - em casas particulares (sim, aconteceu sermos responsabilidades por haver "doutores" que obrigavam caloiros a fazer-lhes a limpeza da casa).
Percebo a oposição às praxes. Também me oponho às praxes ofensivas, abusivas, violentas. Não terei feito tudo bem, claro. Terei até passado das marcas/regras em alguns momentos de praxe e não o deveria ter feito. Sei, inclusivamente, que há pessoas que ainda hoje não me gramam por causa das praxes. Mas ninguém ali - enquanto exerci o cargo - foi obrigado ao que quer que fosse.
As generalizações em casos sérios incomodam-me sempre. Faz parecer que o que alguns fazem mal é um todo em que todos fazem mal. E, quando há ferimentos ou mortes à mistura, que todos os envolvidos em situações mais ou menos semelhantes são criminosos. Ora, eu não sou criminoso. E nem sequer estou aqui a fazer uma defesa pessoal. Simplesmente, acho que a ideia - que vejo defendida aqui e noutros lados - de que todos os praxistas deveriam ser corridos a processos ou chamados a responder criminalmente.
Há quem praxe BEM. Há quem goste de ser BEM praxado. Quem o faz MAL deve ser chamado à pedra, sim senhor. E quem MAL aceita tudo o que MAL lhe impõem, tem também parte da responsabilidade, porque é maior de idade, mesmo que por vezes isso não seja suficiente para saber destrinçar o Bem do Mal.
PS: Após longa procura, encontrei o referido Código de Praxe, que assinei em 30 de Abril de 2000. E publico aqui o prefácio que eu próprio escrevi para essa edição. Assiná-lo-ia hoje (24 de Janeiro de 2014) como nesse dia. Aliás, o texto acima comprova-o.
No meu mandato - se assim se pode chamar - a primeira coisa que fiz foi publicar (em livro, que qualquer um podia adquirir - o preço era simbólico) o Código da Praxe da escola (baseado no Código da Praxe da Un. de Coimbra mas devidamente adaptado à realidade da ESEC) para que NINGUÉM fosse ao engano. Participava quem queria. Quem não queria teria - e bem - a sua integração ao seu encargo. Nós promovíamos brincadeiras praxística (umas melhores, outras não tão felizes assim - como em tudo na vida) durante uma semana devidamente planeada, para que os caloiros conhecessem a escola, os alunos mais velhos dos seus cursos e dos outros, os outro caloiros, etc.
Quem exercesse actos de praxe fora dessas actividades programadas estava em violação das regras. E em casos desses aconteceram acidentes, cujas responsabilidades foram imputadas à Comissão de Praxe, mesmo não tendo esta qualquer responsabilidade em coisas que aconteciam fora das actividades programadas e até - imagine-se - em casas particulares (sim, aconteceu sermos responsabilidades por haver "doutores" que obrigavam caloiros a fazer-lhes a limpeza da casa).
Percebo a oposição às praxes. Também me oponho às praxes ofensivas, abusivas, violentas. Não terei feito tudo bem, claro. Terei até passado das marcas/regras em alguns momentos de praxe e não o deveria ter feito. Sei, inclusivamente, que há pessoas que ainda hoje não me gramam por causa das praxes. Mas ninguém ali - enquanto exerci o cargo - foi obrigado ao que quer que fosse.
As generalizações em casos sérios incomodam-me sempre. Faz parecer que o que alguns fazem mal é um todo em que todos fazem mal. E, quando há ferimentos ou mortes à mistura, que todos os envolvidos em situações mais ou menos semelhantes são criminosos. Ora, eu não sou criminoso. E nem sequer estou aqui a fazer uma defesa pessoal. Simplesmente, acho que a ideia - que vejo defendida aqui e noutros lados - de que todos os praxistas deveriam ser corridos a processos ou chamados a responder criminalmente.
Há quem praxe BEM. Há quem goste de ser BEM praxado. Quem o faz MAL deve ser chamado à pedra, sim senhor. E quem MAL aceita tudo o que MAL lhe impõem, tem também parte da responsabilidade, porque é maior de idade, mesmo que por vezes isso não seja suficiente para saber destrinçar o Bem do Mal.
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PS: Após longa procura, encontrei o referido Código de Praxe, que assinei em 30 de Abril de 2000. E publico aqui o prefácio que eu próprio escrevi para essa edição. Assiná-lo-ia hoje (24 de Janeiro de 2014) como nesse dia. Aliás, o texto acima comprova-o.
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